Cão urinando. Fonte: Google

No cão jovem, o objetivo principal da micção e da defecação(ou conduta de eliminação) é de eliminar os dejetos do organismo. No cão adulto esses atos também podem estar relacionados à comunicação de informação com respeito a identidade sexual (machos ou fêmeas, maduros sexualmente ou não…), individual (quem é quem), territorial e hierarquia social (quem é dominante naquele ambiente ou submisso). Urinar ou defecar também podem aparecer em outras situações diversas como resposta ao medo, a submissão, a ansiedade de separação (qdo o cão se sente muito ansioso se deixado sozinho) e da excitação (ex.:quando o cão se urina quando seu dono ou alguém chega em casa).

Por volta das 3 semanas de idade, a maioria dos cães começam a eliminar longe de onde dorme por iniciativa própria. Com 5 semanas, ele escolhe uma zona ampla para a eliminação e com 9 semanas (mais de 2 meses) a zona escolhida é mais restrita! Uma das estratégias de adestramento doméstico é aproveitar dessa tendência inata dos cães de não urinar ou defecar na zona onde permanece mais(dorme, come…).

A maioria dos cães são animais de companhia e por isso é muito importante que sejam adestrados rapidamente. O adestramento doméstico é um processo simples, mas que deve ser ensinado e reforçado por todos os donos. Muitos animais de companhia são doados ou abandonados porque não aprendem rapidamente esta lição e seguem “sujando” a casa de seus donos.

Ensinando cãozinho a fazer no jornal. Fonte: Google

Os donos devem entender as causas e padrãos naturais da eliminação ao invés de esperar que o cão elimine em lugares inapropriados e castiga-lo por isso. O adestramento de recompensa é muito mais eficaz que o castigo como método de adestramento, visto que a maioria dos proprietários são rápidos para castigar a eliminação inadequada e raramente concedem  um crédito oportuno quando o cão faz o que se deseja. Ou seja, imediatamente em seguida do cão ter eliminado no local apropriado, se deve premiar abundantemente com elogios ou se deve dar uma pequena recompensa de alimento (snacks, bifinhos…) e não só castiga-los.

Mas como realizar o adestramento doméstico? Em resumo, devemos nos atentar nesses tópicos:

  • Ensinar o cão onde eliminar recompensando a eliminação no local apropriado. Não esquecer que tão logo ele elimine, dar uma recompensa social (elogiar) ou alimento
  • Pode-se usar uma via direta de acesso a uma zona conveniente ao ar livre (ex.: quintal fora de casa…). O odor e o lugar podem servir para estimular a eliminação posterior em outro lugar mais oportuno.O uso da mesma zona permite que os odores se acumulem e aumenta a probabilidade do cão voltar a eliminar de novo ali. Para que ele aprenda, no inicio de deve deixar o cão ao ar livre de uma em uma hora para que elimine. Quando o dono perceber que ele não está mais eliminando a cada hora, pode-se aumentar um pouco o intervalo das saídas. O objetivo é aprender a prever ou a preceder quando o cão necessita “ir ao banheiro” antes que ele comece a querer ir! Também se deve deixa-lo ao ar livre pouco depois de comer, de beber, de brincar ou antes de tranca-lo em casa. Também ajuda se o cão é alimentado em horários  regulares, ao invés de à vontade, assim eles tendem ter também hábitos de eliminação regulares, ou seja, dá para prever os horários de eliminação de acordo com os horários de alimentação e assim, por exemplo, soltar o animal no quintal ou prende-lo aonde está o tapetinho higiênico até que defeque. Deve-se premiar o cão assim que tenha concluído a eliminação e não esperar que ele volte para casa ou solta-lo para premia-lo, porque assim ele acaba que está sendo premiado por voltar a casa ou latir na porta para ser solto e não pela eliminação correta. Agora, se o dono vê que o cão começa a eliminar num local inapropriado, se deve interromper imediatamente o ato somente com um “NÃO!!!” severo (também serve um jato de agua ou uma sacudida numa lata com moedas)!
  • Esperar os sinais prévios a eliminação, tais como ficar cheirando o chão e dar voltas em círculos. Assim que os perceber, levar o cão ao local apropriado imediatamente, aonde se pode elogiar e premiar por faze-lo acertadamente.
  • Sempre que não se possa vigiar o cão, se deve prende-lo no local apropriado para que não aprenda a eliminar em lugares inadequados quando o dono não está por perto. Deve-se colocar jornal ou tapetes higiênicos neste local. Talvez, no inicio, tenha que ser necessário cobrir todo o solo (exceto aonde está a vasilha de alimentação e aonde dorme), mas está será reduzida pouco a pouco a medida que o cão começa a usar os locais certos para eliminar. Normalmente, cães condicionados a eliminar em jornais ou tapetes higiênicos tem dificuldade a compreender que eliminar ao ar livre também é aceitável, e vice-versa.
  • Qualquer zona da casa onde o animal elimine inadequadamente deve ser limpa perfeitamente e tratada com um neutralizante de odor para que não volte a eliminar neste local posteriormente.

Enfim, o adestramento doméstico é uma mescla de recompensa (pela eliminação em zonas apropriadas), de prevenção desta em locais inapropriados, de identificação dos sinais que precedem a eliminação e do encaminhamento do animal de companhia ao local apropriado e de castigo se se observa que o cão elimina ou começa a eliminar num local inapropriado. Para aplicação eficaz destas técnicas, é essencial vigiar o cão todo momento que o dono tenha disponível.

Posteriormente, iremos abordar outros problemas que podem levar o cão a defecar ou urinar inapropriadamente e como corrigi-los.

Dra.Fabia Carballeira

CRMV-SP 12401

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Nunca é tarde para ensinar novos truques a cachorros mais velhos. Com essa onda de adoção, muitos cães adultos ou mesmo em idade sênior estão tendo a oportunidade de ganhar novos lares e, em troca, podem surpreender por sua capacidade de concentração, de adaptação e, principalmente, de aprenderem coisas novas.

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Gatinhos brincando dentro de casa. Fonte: Google

Hoje em dia, principalmente nas grandes capitais, muitos bichanos vivem em apartamentos e passam horas na janela, observando o movimento da rua. Os que vivem em casas com quintal têm a oportunidade de dar umas voltinhas pelo bairro, e já são até conhecidos pela vizinhança. Apesar da vida livre, invejada pelos que ficam presos entre quatro paredes, dois entre três veterinários aconselham que o felino permaneça dentro de casa, segundo um estudo encomendado pelo Humane Society of the United States. Para tanto, a pesquisa consultou 600 médicos do segmento animal.

E os profissionais favoráveis ao “enclausuramento” do bichano têm dois fortes argumentos. Dentro de casa o gatinho estará a salvo de veículos e das doenças transmissíveis. Para estes veterinários, o animal vive com mais saúde e até por mais tempo quando são impedidos de colocarem as patinhas para fora de casa.

De acordo com o site “USA Today“, há ainda outros motivos que incentivam esta teoria: os animais correm menos risco de pegar parasitas, insetos, e até de se envolver em brigas com outros gatos ou cachorros.

Mas muitos donos costumam ficar com peso na consciência por deixar seu pet querido longe do movimento e da agitação das ruas.

Eles se perguntam: “será que meu gato é feliz vivendo 24 horas dentro de casa?”. Sim, eles podem se divertir tanto quanto, ou até mais que nas ruas, caso seja estimulado com brincadeiras e distrações.

Confira algumas dicas que ajudarão a distrair o bichano.

  • Escaladas

Monte um local divertido para seu gato escalar. Atualmente é fácil encontrar escaladores para gatos nos grandes pet shops. Ou você pode testar suas habilidades com madeiras e pregos. Caso opte por comprar, verifique se a estrutura é estável e sólida para aguentar o seu bichano.

  • Móveis

Se possível, posicione os móveis e estantes de maneira que seu gato possa subir, com segurança e alcançar as janelas. Eles adoram passar horas observando o movimento, e adoram mais ainda ter um móvel seguro por perto para subir e descer.

  • Esconde-esconde

Esconda o brinquedinho predileto do seu gato no armário em que costuma guardar as coisinhas dele, ou no local em que ele brinca ou até na caminha dele. É uma brincadeira divertida e um bom exercício para ele.

  • Brincadeiras

Eles adoram caçar. Uma boa dica é brincar de… caçar. Use varinhas com algum brinquedinho pendurado, ou produtos específicos e seguros para o bichano. Caneta de laser não é recomendável, pois os bichinhos sentem-se frustrados por nunca pegar a luzinha.

  • Arranhar

Os arranhadores também são muito bem aceitos pelos gatos. Arranhar é um ótimo exercício para o bicho, além de necessário, já que assim ele pode fazer sua “manicure”, além de gastar energia.

  • Comida

Na hora da refeição faça joguinhos com seu pet. Algumas lojas disponibilizam caixinhas, ou bolinhas que são facilmente abertas. Coloque petiscos dentro e faça o gato brincar com a bola que vai liberando a ração.

  • Lazer

Reserve um tempinho para o que seu gato mais gosta de fazer. Se for brincar, brinque com ele. Se for receber um cafuné, faça. O importante é que a atividade envolva você e o seu felino. Fique atento ao que ele mais gosta e proporcione minutos de prazer ao seu bichano.

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Cãozinho e dono. Fonte: Google


Diante dos tratamentos estéticos, serviços e até mesmo roupinhas e calçados para os bichos de estimação, já não é mais novidade a semelhança deles com seus donos. Mas desta vez, cientistas descobriram as primeiras evidências de que os animais, de fato, também comportam-se como os humanos.

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De acordo com o site do jornal Telegraph, estudiosos descobriram que, da mesma maneira que as crianças fazem, os cachorros olham e copiam o comportamento dos humanos. Com a constatação ficou provado que os donos podem influenciar positivamente (ou não) o comportamento de seus animais.

O estudo foi feito por biólogos e psicólogos da Universidade de Viena e de Oxford, que provaram o “dom” dos cães, utilizando uma simples caixa de madeira. No experimento, 10 donos mostraram a seus cães como abrir o objeto, ora utilizando a boca, ora as mãos.

Na primeira parte do teste, cinco cachorros foram recompensados com um pedaço de salsicha após copiarem o comportamento de seus donos. Os outros cinco animais foram recompensados apenas se não copiassem o método utilizado por seus donos, tendo que utilizar o método alternativo.

Com cada cachorro o experimento foi repetido 100 vezes. Os resultados revelaram que os animais encorajados a repetir seus donos o fizeram três vezes mais que aqueles encorajados a não copiarem.

Na segunda parte do teste, todos os cães foram encorajados a imitar o comportamento do dono. Nesse caso, os cinco que já haviam sido estimulados a copiarem seus donos, fizeram duas vezes mais rápido que os outros cinco que haviam sido estimulados a fazer o oposto que seus donos fizeram, na primeira parte do teste.

A conclusão do estudo mostrou que, da mesma forma que humanos, os animais tendem a imitar automaticamente o comportamento observado. Espera-se que a partir de agora os donos compreendam a importância de dar bons exemplos aos seus pets.

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Cãozinho na varanda do apartamento. Fonte: Google

Vizinho não perdoa! E, claro, ele não abrirá uma excessão para o seu animal de estimação. Para evitar confusões, siga esses passos e garanta seu sossego. Um país como o Brasil, que tem a segunda maior população de animais de estimação do mundo, também é recordista de encrencas entre vizinhos.

Afinal, são 54 milhões de animais domésticos, segundo o Ibope, perdendo apenas para os Estados Unidos. E nem todo mundo gosta de animais.

Aqui, para cada seis habitantes, há um cão domesticado, e para cada 16, um gato. Além disso, 59% dos domicílios têm algum animal. Confira, então, algumas atitudes simples que podem colaborar para uma relação harmoniosa entre condôminos e bichinhos de estimação.

Segundo Angélica Arbex, gerente da divisão comercial da Lello Condomínios, dá para evitar problemas para quem tem ou pretende adquirir um animal de estimação. São elas:

  1. 1- Quem pretende comprar um animal deve ficar atento às convenções e ao regulamento interno do condomínio em que reside. A presença de animais deve ser discutida e ter normas claras, definidas neste regulamento.
  2. 2- Caso a convenção de seu condomínio não permita animais, podem ser criados regulamentos para lidar com a “tolerância” aos mesmos. A tendência das convenções dos condomínios recém-formados é permitir animais em suas dependências.
  3. 3- Procure se informar sobre as raças mais adequadas para viver em apartamentos.
  4. 4- É importante que o dono busque orientação de profissionais especializados para educar o cachorro a não latir ao toque da campainha ou interfone.
  5. 5- O jardim do condomínio não é o local apropriado para a toalete dos cães e gatos. Mas, se um “acidente” acontecer, recolha os dejetos do seu bichinho.
  6. 6- Para evitar aborrecimentos, o ideal é criar regras claras de transporte e permanência dos bichos de estimação. O uso do elevador de serviço, com o animal no colo é o mais indicado. Tanto a assembleia geral como o regulamento interno podem determinar essas normas.
  7. 7- Mantenha em dia a vacinação do seu animal de estimação, colaborando com a saúde e bem-estar de todos;
  8. 8- Não deixe o animal sozinho por muito tempo dentro do apartamento e realize passeios diários, se possível mais de uma vez ao dia.
  9. 9- Caso precise se ausentar do apartamento por muito tempo, deixe o animal na casa de algum amigo ou parente
  10. 10- Nunca deixe o animal solto nas áreas comuns. Procure sempre andar com a coleira e guia. Mesmo para raças pequenas é importante não deixar crianças “acariciarem” o animal, para evitar reações inesperadas do animal e acidentes.

Cadelinha de apartamento. Fonte: Google

Fonte: Diário de Marília

Legislação

Uma das questões mais comuns relacionando animais domésticos e a legislação é a possibilidade da permanência ou não de animais em prédios.

Muitas vezes há cláusulas nos regimentos internos de condomínios, proibindo que se tenha animais de estimação nos apartamentos, bem como a circulação destes nas dependências do prédio.

Porém, nos termos do art 19 da Lei nº 4.591/64 “cada condômino tem o direito de usar e fruir com exclusividade sua unidade autônoma, segundo suas conveniências e interesses, condicionadas umas às outras as normas de boa vizinhança” e assim, o proprietário poderá ter seus animais em apartamento, tendo em vista que o Regimento Interno não poderá ter mais valia do que uma Lei Federal.

Ademais, a Constituição Federal brasileira assegura o direito de propriedade em seu art. 5º, XXII, que se trata de cláusula pétrea e portanto não pode ser modificada, ressaltando-se que, desse modo, a cláusula proibitiva de regime interno é nula, pois seu teor é inconstitucional.

Entretanto, há que se ressaltar que a permanência de animal em apartamento não deverá trazer perturbação ao direito de outrem, como por exemplo o ruído excessivo ou perigo à saúde pública, higiene e segurança, pois as normas de boa vizinhança deverão ser mantidas em nome de interesse geral .

Finalmente, o tamanho do animal também deverá ser levado em conta, pois é totalmente incompatível criar-se um cachorro grande (por exemplo um São Bernardo) dentro de um apartamento pequeno, não apenas pelo possível incômodo aos vizinhos, mas também por se tratar de um ato totalmente irracional e de maus-tratos com o animal, que não terá o espaço suficiente para suas necessidades e desenvolvimento, e sendo um ato de posse irresponsável de seu dono.

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