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Poucos sabem lidar com os comportamentos agressivos dos gatos. É comum as pessoas se assustarem quando o bichano rosna, morde ou arranha alguém da família e pensarem que estão diante de um desvio comportamental sério. Com medo, podem até abandonar o felino.
Foi por meio da agressividade, porém, que os gatos puderam se defender, guardar território, caçar as refeições e sobreviver durante séculos. Pesquisas mostram que cerca de 70% a 80% dos gatos domésticos de uma mesma residência se envolvem em conflitos agressivos e 25% deles atacam ou ameaçam periodicamente membros da família. Há várias possíveis causas para essas ocorrências e diversas maneiras de lidar com elas, como veremos a seguir.
Defesa
Ao sentir medo, dor ou frustração, o gato procura escapar ou se defender. Se ele estiver fugindo de um cão, por exemplo, vai querer ter pelo menos uma rota de fuga desimpedida. Se alguém o fizer se sentir acuado ou segurá-lo nesse momento, provavelmente será atacado, mesmo que seja uma pessoa da qual o gato normalmente não tem medo. Para evitar a agressão, é preciso conquistar a confiança do gato antes de se aproximar dele. Deixe claro que não há intenção de machucá-lo e, sempre que possível, não obstrua as rotas de fuga.
Proteção dos filhotes
Se uma gata estiver com ninhada e pressentir risco para os filhotes , vai querer defendê-los. Dependendo de como acontece a aproximação de outro gato, animal ou pessoa, a gata poderá ficar alarmada e agressiva. Para você não ser atacado, aproxime-se calmamente dela. Vá sem movimentos bruscos e evite olhar fixamente para os filhotes. Leve algo de que ela gosta, como um petisco ou brinquedo. Pare a uma distância segura e deixe que ela se aproxime de você.
Defesa territorial
Para sobreviver, os gatos sempre dependeram de seus territórios. Por isso, instintivamente, podem querer afastar qualquer invasor. Para aumentar a receptividade do gato a uma pessoa ou a um animal desconhecido, torne a aproximação vantajosa para ele. Por exemplo, ao apresentar um desconhecido, ofereça uma guloseima. Nunca force um contato com estranhos nem reprima o gato se, por exemplo, ele rosnar ou arrepiar os pelos diante de um cão.
Mas se você surpreender o gato tentando atacar um “invasor”, faça a repreensão. Caso contrário, ele poderá querer controlar o território cada vez mais. Uma técnica para interromper essas tentativas é usar um spray de água, dirigindo-o para o focinho do gato.
Brincadeira
As brincadeiras que os gatos fazem para treinar a defesa, a caça e a disputa de objetos ou de espaços podem resultar em mordidas e arranhões. Procure evitar que o gato brinque de caçar com a sua mão, com o seu pé ou com outra parte do seu corpo. Mesmo quando essas brincadeiras começam de maneira delicada, se continuarem podem ganhar intensidade.
Ao brincar com o gato, procure direcionar as atitudes agressivas dele para algum brinquedo. Por exemplo, faça serpentear uma corda ou rolar uma bolinha, simulando uma presa.
Competição
Vários gatos em um mesmo ambiente podem querer disputar comida, um abrigo, um arranhador, uma caixa sanitária e até uma fêmea, se forem machos. Para evitar essas situações, posicione os pratinhos de comida, as caixas sanitárias, os brinquedos e os locais para repouso de modo que seja impossível o controle visual de tudo ao mesmo tempo.
Atitude predatória
É possível ensinar o gato a não atacar determinado pássaro ou aquário. Mas o modo mais fácil de evitar que o instinto de capturar presas seja posto em prática é criar obstáculos que impeçam o acesso do felino ao animal que pretendemos proteger.
Controle da situação
Se o gato perceber que consegue o que quer mordendo e arranhando, poderá aprender a usar esses recursos para controlar situações. Por isso, se o gato estiver no seu colo, evite soltá-lo imediatamente após levar uma mordida, por exemplo. Espere alguns segundos antes de deixá-lo sair, para a soltura não ser associada à mordida.
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Bruna Tavares Negri